Volta Tiago, estás perdoado!!
Quem é amigo de Tiago Maia sabe o quão perigoso era andar de carro com ele nos seus primeiros meses de carta. Todos nós tememos pela nossa vida pelo menos uma vez e pela vida dele também. E até hoje eu diria que a viagem em que mais perto estive da morte em toda a minha vida tinha sido com o Tiago ao volante. Mas hoje as coisas mudaram.
Saí da missão em direção ao centro de saúde distrital de Chibabava. Para perceberem o meu medo nesta viagem têm de entender que foi feita na parte de trás de uma carrinha de caixa aberta. Antes da viagem começar até achei que ia ser engraçado recordar os tempos de infância em que andávamos na carrinha do meu avô mas mudei de ideias muito rapidamente pois, para além de o motorista andar muito depressa, as pessoas aqui em Moçambique não têm medo dos carros e em vez de se desviarem era a carrinha que se tinha que desviar delas! Ora vira para ali, ora vira para acolá! E enquanto isso eu tentava amarrar-me o melhor possível e manter as nádegas em contacto com o chão. O que era tarefa muito difícil pois acresce a tudo isto o facto de as estradas até ao destino serem em terra batida e cheias de buracos.
Saí da missão em direção ao centro de saúde distrital de Chibabava. Para perceberem o meu medo nesta viagem têm de entender que foi feita na parte de trás de uma carrinha de caixa aberta. Antes da viagem começar até achei que ia ser engraçado recordar os tempos de infância em que andávamos na carrinha do meu avô mas mudei de ideias muito rapidamente pois, para além de o motorista andar muito depressa, as pessoas aqui em Moçambique não têm medo dos carros e em vez de se desviarem era a carrinha que se tinha que desviar delas! Ora vira para ali, ora vira para acolá! E enquanto isso eu tentava amarrar-me o melhor possível e manter as nádegas em contacto com o chão. O que era tarefa muito difícil pois acresce a tudo isto o facto de as estradas até ao destino serem em terra batida e cheias de buracos.
Passei praticamente toda a viagem de olhos fechados e só pensava no quão confortável seria viajar naquele momento com o Tiago com 1 mês de carta 😂.
À tarde, depois desta aventura, fui com um voluntário aqui da missão fazer visita aos idosos e aos doentes. Eu não falo o dialeto por isso não conseguia falar com eles, nem eles comigo através de palavras, mas falamos de outras formas: através de sorrisos e olhares, de abraços e carinhos. Foram momentos únicos e valiosos. Quando regressavamos a casa, o outro voluntário comentava comigo que eu estava sempre a sorrir! E eu, com coração cheio de alegria depois desta tarde, pensava no quanto se pode transmitir e nas ligações que consegui formar com um simples sorriso.
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